A Prefeitura de São Paulo defendeu nesta segunda (6/2) um programa de reciclagem gradativa dos 20 mil cobradores das linhas municipais para transformá-los em motoristas de ônibus.

Segundo o prefeito João Doria, no longo prazo, com a universalização do Bilhete Único, não haverá necessidade de cobradores. Mas não haverá demissões.

“Faremos isso gradualmente, sem prejuízo aos cobradores”, disse ele durante viagem de ônibus da Linha Capelinha (Zona Sul)-Bandeiras (Centro).

Reciclagem

A reciclagem dos cobradores ocorrerá em duas frentes. A primeira é estimular as próprias empresas de ônibus a requalificar seus profissionais.

A segunda é desestimular o uso de cédulas e moedas dentro dos ônibus. A Prefeitura estuda, por exemplo, aumentar o valor das passagens pagas em dinheiro. O objetivo é migrar todos os usuários para o Bilhete Único.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Sergio Avelleda, o pagamento em dinheiro das passagens em São Paulo correspondente, hoje, a apenas 6% do total.

O secretário reconhece que o número já é baixo, mas pode cair ainda mais. “Vamos ampliar a rede de distribuição do Bilhete Único para diminuir a cobrança em dinheiro porque, por várias razões, ela não é conveniente”.

Ao anunciar o início da operação do primeiro BRT paulistano para este ano, Avelleda disse que postos experimentais de pré-embarque serão instalados nos próximos dias nos terminais Capelinha e João Dias, na Zona Sul de São Paulo.

Esses postos serão para estimular o usuário a comprar os bilhetes ou usar seu cartão do Bilhete Único antes de entrar nos ônibus.

A Prefeitura quer evitar as filas para a compra de passagens dentro dos ônibus, pois elas acarretam atrasos nas viagens.