Em campanha por ônibus movidos a combustível 100% renovável em São Paulo, o Greenpeace promoveu nesta terça (21-2) uma consulta popular sobre o tema em frente à Prefeitura.

Ativistas da organização mundial de defesa do meio ambiente instalaram um pórtico no Viaduto do Chá, com duas entradas e a inscrição: “você quer ônibus que não poluem em São Paulo?”

Até o final da tarde, passaram pela entrada “Sim” 3.484 pessoas, e pela “Não”, apenas 119.

O Greenpeace e outras entidades defendem para os ônibus paulistanos uma matriz de combustível semelhante à adotada há vários anos pela Metra no Corredor ABD.

Ou seja: uma frota à base de trólebus, ônibus elétricos, híbridos e/ou movidos a combustível não fóssil, como etanol, biodiesel e outros.

LICITAÇÃO

Na segunda-feira (20-2), o Greenpeace também publicou um anúncio na “Folha de S. Paulo” cobrando do prefeito João Doria o cumprimento da Lei 14.933/2009.

Diz o anúncio: “Prefeito João Doria, este é o momento você vai agir em favor dos paulistanos e garantir ônibus movidos 100% a combustíveis renováveis em São Paulo?”

A lei 14.933 fixou um prazo até 2018  – que mal começou a ser cumprido – para a total conversão dos 15 mil ônibus paulistanos para motores movidos a combustível não fóssil.

O Greenpeace, assim como a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, defende que a meta de conversão total da frota conste da próxima licitação que renovará os contratos com as empresas de ônibus da cidade.

A licitação, que deveria ter sido realizada desde 2013, foi adiada sucessivamente na gestão anterior de Fernando Haddad.

O atual secretário municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, Sergio Avelleda, disse neste terça-feira (21/2) que o edital para relançá-la será publicado em maio.