O geógrafo Rafael Gândara Calabria, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), defende que todos os ônibus da cidade de São Paulo sejam movidos por combustíveis sustentáveis (não fósseis) até 2020.

A proposta faz parte do Plano de Mobilidade que ele apresentou durante reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de  São Paulo, na quinta-feira (16/2/17), no Sindicato dos Engenheiros do Estado.

Rafael Calabria, líder do Projeto de Mobilidade Urbana do Idec, ressaltou que as metas do plano foram elaboradas por um conjunto de entidades, entre elas o Greenpeace.

CRONOGRAMA

As entidades propõem um novo cronograma de conversão dos 15 mil ônibus da frota paulistana previsto na Lei Municipal 14.933/2009, que criou a Política de Mudanças do Clima em São Paulo.

Defendem também a conversão, até 2020, de todos os veículos que prestam serviços à Prefeitura, como caminhões de lixo, veículos de manutenção, fiscalização etc.

A lei 14.933 previa a plena descarbonização da frota, ou seja, o fim do diesel como combustível para os ônibus, até 2018.

Os ônibus passariam a ser elétricos, híbridos ou movidos a combustível não fóssil (etanol, gás natural, biodiesel etc).

Como o prazo se mostrou inviável, depois que a gestão Fernando Haddad, suspendeu o programa Ecofrota, em 2014, as entidades trabalham para apresentar um novo cronograma.

As novas metas deverão ser contempladas no relançamento da licitação para renovar os contratos já vencidos da Prefeitura com as empresas de ônibus.

O edital da licitação já tinha sido apresentado três vezes pelas gestão anterior e depois suspenso. Na última tentativa, o texto foi reprovado pelo Tribunal de Contas do Município.

O secretário de Mobilidade e Transporte de São Paulo, Sergio Avelleda, que presidiu a reunião do Conselho Municipal de Trânsito, disse estar recebendo várias sugestões para relançar o edital.

PROPOSTAS

O representante do Idec apresentou também uma meta de mais 150 km de corredores exclusivos e mais 110 km de faixas exclusivas para ônibus, até 2020.

Ele propõe ainda que a gestão do prefeito João Doria preserve e aumente o programa de ciclofaixas criado na administração anterior, para elevar em 15% o número de deslocamentos por bicicletas em São Paulo.

Por fim, as entidades querem que a Prefeitura se comprometa com o limite fixado pela ONU de 6 casos por grupo de 100 mil habitantes para as mortes por acidentes de trânsito na cidade.

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