A meta da Conferência Sobre Mudanças Climáticas (COP12) realizada na capital da França, em dezembro de 2015, era de 100 milhões de VEs até o meio do século.
A nova previsão consta do último relatório da IEA, o Global EV Outlook 2016, divulgado no final do ano passado.
Segundo a IEA, a projeção da COP12 pode ser superada por causa da rápida evolução do mercado mundial de veículos elétricos, que multiplicou-se por 100 entre 2010 e 2015.

Metas nacionais
A maioria dos países signatários do Acordo de Paris – entre eles, Estados Unidos, China e Brasil – assumiu compromissos de corte das emissões de gases do efeito estufa.
O objetivo é reduzir o ritmo de aumento do aquecimento global para menos de 2º graus centígrados nas próximas décadas.
Muitos países anunciaram metas concretas de mudança da matriz de combustível do transporte público e particular.
Áustria, Dinamarca, França, Holanda, Portugal e Reino Unido declararam que pretendem ter uma frota de veículos elétricos superior a 10% da frota total de cada país, até 2020.
China, Alemanha, Irlanda, Japão e oito estados americanos (Califórnia, Connecticut, Maryland, Massachusetts, Nova York, Oregon, Rhode Island e Vermont) assumiram o compromisso de chegar a um estoque de VEs entre 5% e 10% dos respectivos totais, em 2020.
Os países escandinavos – sempre na liderança dos programas de sustentabilidade ambiental – foram os mais radicais.
Dinamarca, Noruega e Suécia fixaram a ambiciosa meta de plena descarbonização de suas economias até 2050 – portanto, mudando a matriz energética não apenas dos transportes. Finlândia comprometeu-se com 80%.
Projeções
A Declaração de Paris projeta uma frota global de 20 milhões de VEs em 2020, de 40 milhões em 2015 e de 100 milhões em 2050.
Já o cenário da Agência Internacional de Energia é mais ambicioso.
Para atingir a meta de até 2ºC de aquecimento global, a agência da OCDE projeta uma frota de 20 milhões de VEs em 2020, de 60 milhões em 2025 e de nada menos do que 140 milhões em 2050.
Ainda que não sejam alcançadas exatamente conforme as previsões, o impacto dessas metas já representa um portentoso desafio para as lideranças políticas de todos os países e uma imensa oportunidade para a economia global.
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